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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


depois do 2° copo
como se
tudo fosse pouco
acordo feito rótulo
grudado no teu corpo

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

preciso
d palavras
novas

em caldas
quedas
quilométricas

palavra palco
p/ pisar
c/ risco

de fratura

preciso uma
palavra remédio

p/ por fim
à minha
mais enferma

cura

caminho entre
Campos
colho Pignas

perfumo dedos

enquanto traio
e tinto

pensamentos
flerto com a faca
que me fere

falo
que sem cera
se insere

áspero
sem pena
pasmo
pleno

de pele


assim
tão assimétrico
relapso

sem método

me mete
dentro
incerto
do teu

auto reflexo

o meu
umb/ambíguo


verso

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

em manutenção

frequentemente visito lugares inexistentes. estou o instante exato de descrevê-los. ela se preocupa demais com a forma. ela se preocupa da aparência das coisas, dos corpos, da incongruência do espaço que ocupa. move olhos sem girar a cabeça para não agitar coisas que se desfragmentam. ela se preocupa, nunca tem tempo, anda, como eu, nestes lugares. os seus são outros. com lagos largamente tranquilos e sujos. ela vive da superfície deslocada e morena. está sempre certa. eu deixei que seu lugar me encontrasse, abri portão, porta e fundos. à margem, rasa, rodapé, implícita e desimportante como o espaço a mais antes da vírgula que entrou no texto num triz excesso de estilo e sem capricho. pareceu-nos mais útil partir para recomeços outros.

domingo, 9 de dezembro de 2012

ela

hálito e ópio

templos de pó
sopros
contidos

entende e atende
os chamados

de seus mortos vivos

sábado, 8 de dezembro de 2012

resposta


algumas pessoas
disparam a esmo
seus ódios

com ou sem alvos

mas eu
que quase imóvel
ñ me esquivo

por mera vingança
ou capricho

sobrevivo

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

contorno aço
e recorto-lhe
pedaços
mas ante teu papel
tão líquido
me desfaço

domingo, 2 de dezembro de 2012

décioentemente

danço com dados
organicamente
desorganizados

dano---me
em meio
a neurados
raios

rara essa
terra se
encerra

danço com dados
smarters
eletrizados


grama a grama
ideia textil
ideograma


e aro
exploro
e solo
ñ calo

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

para fins

para fins de esquecimento
decorei cores
escuras
teus ânimos
tortos

tateei traços desformes
feições todas
tuas faces
diversas

desfiz-me assim
quase à toa

a cada pelo
percepto
na pele ereta
que ainda
me toca

para fins de recomeço
eu
quase oca
ñ te esqueço
de todo

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

imagem por Hossein Zare



todos os meus amigos

estão deprimidos

pelos mais diversos
e único
motivo

todos os meus amigos
deslocaram-se ao lírico

comunicam 
desformes
seus dessentidos

todos os meus amigos
...
quase desistiram

aguardam sorrindo
como eu
a passagem do trem
...
amarrados ao trilho


sábado, 24 de novembro de 2012

afago

fúrias
fugas
desvios

sob todas variáveis
me desvario

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

trevas
atrevem
-se
luz

travam
trêmulas

sob lustres
de versos

meus
desenredos
sob entre
teus firmes
dedos

eu


insisto tanto no instante que me extingo
navios com asas
partidas

uma palavra náufraga
retorna ao porto
encharcada

aos poucos

lanço-me ao nada

estou para mares
ventos e vales
cada vez mais densos

recuo
estou para mim
cada vez mais dentro

terça-feira, 23 de outubro de 2012

exausta existo
enquanto
entregue assisto

o autocídio

no qual

me
insisto

amarga goma
mascando a boca
som sem sabor

descasos do agora
a gana de outrora
se desmoronou

cansaço amarelo
sob sol sem sombra
semi-invisível

teu elo se rompa

às 3h pré-aurora
desvios agora
vc se tornou

tão esquecimento
largado no nada
sob 20 palmos

de mãos acenadas
vc se enterrou

sábado, 20 de outubro de 2012

uma viagem de ida
qualquer dia,
compro um visto perpétuo

sobre o assento vago
meu espaço desocupado
deixo

alguns papéis triturados
o tom claro da voz
deito

um fazer sem reticência
também levarei 
comigo

preciso um navio
ouvidos sem vozes que soem
sempre que o coração se tocar

depois de alguma ocorrência
descobri que de lágrima
em lágrima
a vida se inunda

e é preciso partir
qualquer dia desses
eu juro por mim

ñ volto mais

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

perdi a mão para essa palavra curta de poeta, enxuta contra pedra e batida, batida, batida. perdi a mão que, volta e meia, esfarela-se, amarela, sempre que volto a estendê-la pronta a apanhar qualquer cinzel de sílaba. este amor de som amputou-me mãos e braços e razões inteiras. este amor de som aniquilou-me ante usurpadores de sentidos. morro de amor por tal palavra, já não a toco sem definhar-me inteira. sobrei-me fina areia sobre a terra amarronzada escura e já não sei amar senão às sílabas que salgam o mundo. perdi a mão e já não há sentido que me faça abrir a voz.
lençol de seda
onda sobre
sobras postas

por trás de palavras
sintaticamente cuidadas

a bela aparência
de cinzas e nadas

terça-feira, 9 de outubro de 2012

eu  só lhe peço
uma xícara
de café

pras enchentes
diárias
de meu
desacordamento


recentemente
decidi

ñ sucumbir
de todo

deixar às partes
o tudo
que lhes cabe

e vagar
reproduzindo
o falso efeito
de liberdade

enquanto minto

recentemente
descobri
o quanto
de existir

eu me ressinto

terça-feira, 2 de outubro de 2012

metalinguagem

anseio seda
avanço sede

líquidas linhas
cedo escorrem-me
entre dedos

em teu corpo
úmido in
fluente

caligrafo-me
ante rasgos
sonoros
de voz

de decassílabos
precoces
eu, sibilante

liberto-nos
útil para o desuso
eu

ñ conservo o pote vazio
bonito
do iogurte recém consumido

eu me recuso a reutilizar

ñ reciclo o lixo
eu me reduzo 
a cultivar sicômoros

eu ñ aguardo
eu me recluso
em meio a versos livres

sem socialidades
dialogo com o escuro sujo
do mundo
perecível sem conservantes

inaproveitável para a próxima 
e mais perene
geração futura
com a qual ñ contribuo

pq me salvo
como rascunho

casa

enfrenta, afronta
atrasa

em seu arrastar
a traça

na parede branca

frente à porta
da imaculada
sala de estar

ultraja

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

xto

eu nunca usei
ousar a fé
a outro céu
q ñ o teu

antes de jovem
adoeci
silenciei

ainda q meu
longínquo
passo
desgovernado
avance cego
em falso

tu lembrarás
o qto infante
eu me guardei
pra ti
de mar

perdi a voz
em meio
um
sonolento
e semi
estranho
mal estar

caindo sobre
em si
perdi

em meio
esse petróleo
circular opaco

em vez de som
ora em quando
arroto entalos
e enganos

descortinando
a falta
mais absurda

pálpebra negra
seda  apagada
e muda

apareci
tão parca
e pesada

parto q o mundo
mal suporta

de meia em meia hora
meu suspiro
aborrecido

me auto aborta

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

são paulo


para a cidade amada

madrugadas
e escuros
a privilegiam

estende-se
vagarosa e plena
sobre vontades
nossas
de pátria

seu cinza salgado
ñ perdoa cores
ou voz
de ninguém

ela é a cara
em carrara esculpida
cagada e cuspida
do mar que ñ tem

sábado, 22 de setembro de 2012

para ale safra e susanna


como em sauna
ana sua

não se acalma
mesmo nua

ana nau
não flutua

ana ama
insegura

naufraguras
sob o sol

em seu corpo

ana atura
o azul fratura 
enlua
azara

o azul
de todos os dias
me usa
enruga
o azul

(placa, uniforme, rua, metrô!)

me coloca nua
em fuga

Leda leva a vida
Leda se encarrega

lava a lágrima
contida

Leda não se entrega

não é leve a lida
nem coisa que alegra
leva Leda a vida

como quem se eleva

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


enquanto
me olham

e aguardam
todos

um sorriso sincero

eu divago
e desespero

barra da saia
baía de saída
arquipélago
em alto mar

para Ale Safra

sob o peito 
sombra 
um som
ínfimo 
fissurando ao 
infinito gelo 
dum azul distante 
e marinho

depois de um tempo de mar
anzol é âncora

terça-feira, 11 de setembro de 2012

o medo
me tirando
toda de mim
sob as pálpebras
o peso
perene

da perda
minha cabeça

relogicamente
de tempos em tempos

explode!
despenco
do mais alto
pensamento

a cada esperança
inútil
q invento

a cara
milhares de vezes lavada
arrebento

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

rito

bebi para esquecer

lembrei as cores mais vivas
dentro do túnel do copo

o cheiro e o gosto

do corpo
no templo vitral
desse álcool

eu ontem

bebi à última gota
do cálice
para esquecimento
mais póstumo

eu hoje
bebo
sacramentalmente
para fazer-nos memória

novela

ela sentou frente à tv

olhar acima
do painel
da janela
sobre o teto
sob o céu

frente à tv
pra parecer
em paz

e comum

herança genética

ele tentou
que a refeição fosse

com junta

amainou
o tom
sempre alto
da voz

excessivamente rouca

ele orou
sinceramente.
sentou na ponta da mesa

ele fez o esforço maior
deu o que tinha de si

mas a sua dor
mal dita
tinha mais

e ele ñ pôde ser

o que um dia
sonhou
ter em seu pai

sem cura

enfermeço sim

sem afetação

num simplesmente
nu!

cada tropeço sincero
de minha
auto extrema
unção estima

entrego
(sem reter-me)
ao seu olhar desprezo

diante do qual
hoje sempre
adoeço
sempre

no entre

um ambos

que pende

ninguém
jamais
entende

domingo, 5 de agosto de 2012

ironia?

"o reino dos céus sofre violência e são os violentos que o arrebatam" Mt 11, 12

aos que me ofereceram uma face
preparem a outra
...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

palavras demais
espaços demais
demoras demais

longitudemais

ao longo de nós
tudo menos demais
há pontas soltas
entre nós
mas eu...
entrego os pontos
a cada ideia
do teu corpo morno
em cada noção
de teu contorno
soçobro 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

lágrima

sem descanso

queimando

ela sobe
fúria a dentro

e deságua
calada

na mais sincera
recusa
da dor

sexta-feira, 8 de junho de 2012

changing

quase lá
no esquecimento que você requer
um quase escuro
um quase meigo
um quase nada
e você quase lá por inteiro

sábado, 5 de maio de 2012

A veia
Avança
E volta
Pede
Ao pulso
Menos
Impulso
Perto
de você

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domingo, 29 de abril de 2012

Nada de encantamento,

De principiedades,

Nada de cavalos brancos

Ou cabelos louros...

Aprendi de meu pai,

Pouco romantico,

Que não há melhor fada

Que um bom salário.

Published with Blogger-droid v2.0.4

domingo, 22 de abril de 2012

vc fez
com
um
sem
teu

um
nada
de mim

vc me desfez
tão bem

com aquele
lampejo
de ñ
perceber-me
depois
que me viu

e anoiteci

domingo, 8 de abril de 2012

fragmentices

a culpa
copo
cheio
de mágoa
ao existir
-me
tão 
ao extremo

teu corpo

tão curva
rota 
reta ao
desespero
mais completo


a fome
estendida
sobre todas 
as formas

a boca

entreaberta
entrecruza
o lábio 
o hálito 
o ar
e olfatos
outros
perto à aurora
de desacerto e
desacréscimo
perdura a noite
sob a penumbra
desse aperto
absoluto dentro
do peito



autofobia

o raio
me parta
agora


terça-feira, 3 de abril de 2012

narcisos e seus espelhos
e seus espasmos
imaginados
suas espécies
valem tão nada
narcisos
sob o peso
do desespero

sábado, 17 de março de 2012

do lado de fora
da tua palavra
ñ há poesia
só o hálito frio
de uma mera
passagem
sem volta.

domingo, 11 de março de 2012

Verborragias

Por todos os poros
A pele apela
E respira
Outros tatos
Outras tantas palavras
enquanto a epiderme
Vaza penas.

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tontura
que sobe
da garganda
às glândulas cerebrais.

ceia entre amigos

coloca a mesa
oferece o peito
recebe o beijo
...
o último expiro
de braços abertos.

sábado, 10 de março de 2012

vontade

cega
acerca-se
certeira
ao nada
não apenas matar
mas, 
esganar,
trucidar, 
mutilar no abate
para que não volte

ressurrecta

depois de 3 dias
essa saudade

vc

cada vez
mais
menos.

sexta-feira, 9 de março de 2012

muito fundo
afunilado
o indiscreto
vício de
crer-se
certo

quinta-feira, 8 de março de 2012

tem um tufo
de estacas.
a cada meio tom
estafa-se
por inteiro.

terça-feira, 6 de março de 2012

perdão

Controle
A tristeza e
O cansaço
Que o longo
Caminho
Da dor
Deságua
Nessa breve
Lágrima.

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guardo-te a lágrima
leve
o pesar
e a próxima pena
guardo-te para a alegria
repentina de sentir-se
sempre amada
redimida
sem mais lâminas.
tento
um desvínculo
do vício
mais
me separo
mais precipício

sábado, 4 de fevereiro de 2012

apocalipse

aquele intervalo
de atenção
era abismo
na garganta
devorando
Tudo

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

espreitando,
grotesca,
pronta
a devorar
garganta
a dentro,
auto
antropo
fágica
a gárgula
sombria
diante do
velho
espelho

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


o medo
a morte
além e
muito
a mais
que tudo
a vida 
força-nos a si.

Argumento

Tu sabes tudo!
...quanto é tanto tão ao todo, 
plurintenso!
e...entende.
...pende do que lhe parece
e...apetece.
...eu Te dependo tanto esse desejo
e frente em meio à fronte
Teu silêncio sabe-me a prece e atende!
E...aprendo-me tão na tanta imensa gratidão de Ti
que...amém!


sábado, 14 de janeiro de 2012

só essa saudade
tua imagem
a imprecisar-me
...

depois de tudo
gritos e grilos
ao grau
mais grave
regrido

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

de saudade

pensando
aqui
sobre o mais sensato
...
medindo
pesando
...
o mais certo
o mais rápido
um segundo propício
exato
e eu...
te rapto!
tão sentido 
tão miudo 
tanto tão 
bem lá por dentro
partido

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

o silêncio 
mais necessário
ao cansaço absurdo de teu nome
cedo e calo